terça-feira, 13 de setembro de 2011

Para esquentar o debate - entrevistas



Conversei com algumas pessoas próximas para saber o que pensam sobre Educação a Distância. Fiz uma pequena entrevista e o resultado pode ser conferido abaixo.
Certamente, o tema ainda é polêmico...

Os entrevistados são:
L: Lucas Gratz, 30 anos, Engenheiro de Sistemas Eletrônicos
P: Paula, 33 anos, Administradora de Empresas
F: Francesca, 33 anos, formação em Marketing/ Relações Internacionais

1-Qual a sua opinião sobre Educação a Distância?
L: Acho que a educação à distância é uma ferramenta válida, desde que associada a outras formas de aprendizado, servindo mais como um apoio pedagógico. É fundamental que o aluno aprofunde o estudo por conta própria para que a experiência seja mais proveitosa.
P: Acho muito impessoal e desinteressante. Acredito que seja como assistir a um vídeo. Acho fundamental a presença do professor em sala de aula para estimular o interesse, interagir com os alunos e mudar o rumo da aula caso seja necessário. É possível aprender alguma coisa, porém o professor não consegue identificar o nível de seus alunos, se eles estão acompanhando, se deveria recuar ou avançar com o conteúdo.
F: Vejo a Educação a Distância como uma alternativa extra para estimular as pessoas a terem acesso a educação/cursos que tenham interesse em fazer, mas que não podem ou querem estar fisicamente presentes por diversos motivos (ex: difícil acesso ao local onde o curso - local ou internacional - seria ministrado, poder organizar o próprio tempo dedicado aos estudos de acordo com sua disponibilidade, possibilidade de interagir virtualmente com pessoas de muitos locais e diferentes backgrounds, etc). 
Concordo com os pontos mencionados no seu blog sobre a importância de unir boas (e diferentes) tecnologias com bons professores e metodologia adequada. Acredito que a tecnologia pode facilitar, mas professores bem preparados e motivados é fundamental.

2-Você já fez algum curso na modalidade a distância? Se sim, qual curso? Qual foi sua experiência?
L: Sim. Fiz um curso de mercado financeiro da Fipecafi. Achei muito boa a experiência, o curso estava associado a um livro texto onde o aluno deveria se aprofundar e depois o aluno devia fazer uma série de exercícios e provas, cuja dificuldade julguei adequada.
P: Não.
F:  Ainda não fiz nenhum curso 100% a distância, mas tive 2 experiências onde a educação a distância fazia parte do aprendizado.

Uma vez, uma das atividades dos alunos era montar uma wiki, escrever seus próprios textos e em uma segunda etapa comentar o texto dos outros e fazer inclusões. Achei muito interessante o acesso a muito mais informações, de diversas formas e pude ver diferentes opiniões, debates, etc. Notei que as pessoas se sentiam mais abertas para expressar suas opiniões do que na sala de aula.  Por outro lado, senti falta de uma pessoa/equipe responsável pela coordenação das informações e propostas incluídas. Em pouco tempo, o conteúdo da wiki ficou confuso, solto, somente com pequenos comentários e os alunos perderam interesse rapidamente. 
Em outro curso, uma das atividades era desenvolver todo um projeto somente por contato virtual (skype, chat, emails, etc) e somente um encontro presencial foi permitido. Recebemos um ótimo suporte inicial da professora, onde ela nos “preparou” sobre como seria, os desafios que poderíamos encontrar, sugestões de leitura, etc. Como um dos objetivos da atividade era justamente observar se o projeto teria algum impacto por ser feito somente virtualmente, o grupo notou que as barreiras de comunicação foram grandes, mas aos poucos desenvolvemos alternativas para superá-las. Sinto que contamos com maior suporte do professor (monitoramento virtual periódico), o que facilitou muito.

3-Caso nunca tenha feito um curso a distância, você faria? Por quais motivos?
P: Sim. Para conhecer e ver se tudo que acho é realmente verdade ou não. Mas o investimento no curso não poderia ser muito alto.
F: Faço diversos cursos de atualização anualmente e acho que estaria aberta a fazer um curso a distância. Como com os cursos “tradicionais”, buscaria referencias sobre a qualidade do curso, os professores e também o suporte que seria dado.
Nao teria interesse em fazer um curso a distância se toda a informação recebida fosse de forma “passiva” e somente tivesse que escrever projetos, pois um dos pontos que mais me estimula a estudar é o aprendizado não somente entre professor e aluno, mas entre os alunos e não gostaria de perder isso.
Conforme mencionado na questão 1, acredito que os motivos que me levariam a fazer um curso a distância seriam a impossibilidade de estar presente fisicamente no local, maior flexibilidade com horários e a possibilidade de ler/ouvir opiniões de pessoas de muitos outros lugares, com historias e experiências bem diferentes da minha.

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