Os autores Anderson e Dron (2011) apontam três gerações de pedagogias para EaD que coexistem hoje e a EaD deve adotá-las de acordo com o conteúdo, o contexto e as necessidades de aprendizagem. São elas: behaviorismo-cognitivismo, socioconstrutivismo e conectivismo.
Pedagogia behaviorista:
Período: segunda metade do século XX
Autores destacados: Edward Watson, John Thordike e B. F. Skinner
Importância: suas ideias impulsionaram o desenvolvimento do design instrucional e sua base, o ISD – Instructional Systems Design, sendo muito utilizadas em treinamento, em que os objetivos de aprendizagem são claramente mensuráveis e demonstráveis comportamentalmente.
Teoria cognitivista
Emergiu da tradição behaviorista, a partir do final da década de 1950, cujos modelos se baseavam nas funções e operações do cérebro e em como os modelos computacionais eram utilizados para descrever e testar a aprendizagem e o pensamento.
Pedagogia behaviorista-cognitivista
Lócus de controle: professor ou designer instrucional
Importância: esses modelos adquiriram destaque em EaD quando as tecnologias de comunicação muitos-para-muitos eram limitadas. Eles enfatizam a importância de usar o ISD onde os objetivos de aprendizagem são claramente identificáveis e declaráveis. O foco é a aprendizagem individual, com liberdade para o aluno seguir seu ritmo; a atividade de docência praticamente se reduz à produção de conteúdo e avaliação. Esse modelo pode ser ampliado em larga escala com custos baixos, o que é demonstrado pelo sucesso das mega universidades a distância.
Pedagogia socioconstrutivista
Lócus de controle: interação social é uma característica definidora. O lócus de controle sai do professor, que se torna mais um guia que um instrutor, assumindo o papel de desenhar as atividades de aprendizagem e a estrutura dessas atividades.
Autores destacados: Piaget, mas principalmente Vygostsky e Dewey
Pedagogia conectivista
Período: final do século XX (era das redes)
Importância: esse modelo observa que há grande quantidade disponível de informações e, dessa forma, o papel do aprendiz é entendido não como o de memorizar ou entender tudo, mas de ser capaz de encontrar e aplicar o conhecimento onde e quando necessário.
Resumindo, a interação em EaD move-se para além das consultas individuais com o professor (pedagogia behaviorista-cognitivista) e das interações em grupos e limites dos AVAs (pedagogia construtivista). A presença cognitiva é enriquecida pelas interações periféricas e emergentes nas redes, em que ex-alunos, profissionais e outros professores são capazes de observar, comentar e contribuir com o aprendizado conectivista.
Uma das tentativas de ampliar o modelo conectivista para larga escala são os MOOCs – Massive Open Online Courses ou Cursos On-line Abertos Massivos, que têm sido coordenados por George Siemens.
No Brasil, a ABED (com o 7º Senaed – Seminário Nacional ABED de Educação a Distância e a Jovaed – Jornada Virtual ABED de Educação a Distância) vem desenvolvendo o que pode ser batizado de MMOOC – Massive Multiplatform Open Online Congress – ou Congresso Multiplataforma On-line Aberto Massivo.
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